Essa capa de disco inaugurou o tropicalismo e deu origem ao movimento.
O tropicalismo foi um movimento iniciado por jovens músicos baianos que segundo eles, caracterizava a cultura brasileira.
Os tropicalistas elaboraram suas canções incorporando os fragmentos da realidade cultural e social da época. A explosão do movimento deu-se após o lançamento de Alegria-Alegria e Domingo no Parque, no III Festival da Musica Popular Brasileira na TV Record em São Paulo. Segundo Caetano Veloso, em seu livro “Verdade Tropical”, a canção era para competir com a música de Chico Buarque de Holanda “A Banda” que na época era a música de sucesso e para o público, a novidade do moderno: o arranjo da letra engajada ao som da guitarra elétrica associado ao estilo de roupa bem colorida. Os considerados intelectuais, Caetano Veloso e Gilberto Gil, deglutiram tudo que havia de novo do momento das mudanças de estética, desde as transformações culturais e visuais do período, colocando-as em formas de protesto nas suas canções e que ao divulgá-las denunciava a política, ao atraso, as contradições e o subdesenvolvimento do país.
Outro grupo de intelectuais percebeu que a canção ia contra o regime político ditatorial e autoritário do período, e em 13 de dezembro 1968 o AI-5 é promulgado pondo fim nas manifestações culturais. Sendo assim, o movimento que teve início em 1967 com a música Alegria-Alegria definiu o Tropicalismo e provocou uma ruptura com modelo tradicional, a “Bossa Nova”, marcando assim, a História do Brasil na Revolução Cultural Popular.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁGICAS:
ANDRADE, Everaldo Oliveira de e SOUZA, Luis Eduardo Simões (orgs). Os Sentidos da Violência na História. São Paulo
VELOSO, Caetano. Verdade Tropical São Paulo, Companhia das Letras, 1997.
FAVARETTO, Celso Tropicália-Alegria Alegria. Ateliê 3ª edição
NAPOLITANO, Marcos. A Rica Cultura Oprimida In: Desvendando a História. Ano 2 Nº 10 Editora Escola Educacional.
IMAGEM:
www.radiousp.br (13/09/2008). Acessado em 25/05/2010.
